O desemprego bate à porta dos sindicatos brasileiros. O corte de postos de trabalho com carteira assinada nas entidades cresceu 600% após o fim do imposto sindical obrigatório.
Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, levantados pelo jornal Folha de são Paulo, mostram a perda de empregos nas entidades.
Depois da reforma trabalhista, entre dezembro do ano passado e maio de 2018 — últimos dados disponíveis no cadastro—, houve o encolhimento de 3.140 vagas formais nos sindicatos.
os mesmos meses anteriores, entre 2016 e 2017, o saldo entre admissões e demissões foi de 458 postos fechados.
"De certa maneira, a reforma trabalhista traz elementos que revelam o enfraquecimento financeiro dos sindicatos", afirma Bruno Ottoni, pesquisador do Ibre/FGV e da consultoria IDados.
"Os números vão na direção do que se imaginava com o fim do imposto sindical", diz ele.
O avanço no saldo de empregos no país foi em outra direção, apesar de ainda tímido.
De dezembro do ano passado a maio de 2018, foram gerados 41 mil postos, segundo o Caged. Entre dezembro de 2016 e maio de 2017, foram perdidas 398 mil vagas formais.
O levantamento no Caged considera os acertos dos dados --quando as informações são enviadas fora do prazo.
Fonte: Folha de S. Paulo